quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Para mudar a vida... É preciso voar!

Minha vida é repleta de momentos sabáticos e mudanças. Quem me acompanha de perto sabe que já passei por diversas fases, lugares, religiões, amigos, felicidades e tristezas, depressões e euforias... Não, não sou bipolar!

Hoje tive vontade de escrever... Mas, não somente sobre algo que vi, ou que me apaixonei, mas sobre como minha vida tem andado. Ok, um traço de narcisismo, mas quem não o tem?

Enquanto escrevo, ouço minha sobrinha de três anos cantando junto com o DVD da Barbie “É preciso voar”. Uma resposta imediata ao questionamento que fez sentar em frente ao computador neste calor escaldante do dia de hoje. É preciso voar.

De um tempo para cá tenho caminhado por uma trilha totalmente nova para mim. Uma viagem ao centro do meu eu. Já passei pela bruxaria, onde era realizado o “trabalho de sombra”, (uma avaliação e redefinição do ego) mas nenhum trabalho de sombra ou divã de psicanalista me levaria a este ponto em que meus mentores/vida estão me guiando. Sim, dou o crédito aos meus mentores. Espíritos ancestrais que resolveram me acompanhar nesta vida; poderia chama-los de ancestrais míticos.

Mas voltando da divagação. Ouvi este fim de semana sobre como mascaramos sentimentos muitas vezes desconhecidos ou encarados com o olhar de uma criança. Pois bem, percebi que me acho muito importante (Rss), alguém muito bom, evoluído e por aí vai. E por conta destes sentimentos acarreto sensações ruins para o meu dia.

Exemplo: Por ser partidário do amor, humildade e tolerância, me sinto um ser à procura de paz. Mas uma coisa e querer paz, outra é por intolerância e incompreensão não querer ouvir o que alguém te diz sobre um assunto polêmico. Ou por me achar “espiritualizado”, não querer ler um livro de uma jornalista (não consigo acha um adjetivo para o que sentia), me utilizando como desculpa a frase: “tenho preconceito”.
Controverso, não?
Não sei bem porque resolvi ler o tal livro. Achava eu que seria um livro escrito por uma jornalista velha, pseudorrevolucionária, vestindo uma camiseta vermelha socialista na foto da orelha do livro e repetindo as mesmas frases feitas e bordões. Em bom português, queimei a língua! O livro é bem escrito, apaixonante, simples, cheio de alma e vida (isso porque nem cheguei ao meio do livro).

Estou falando de Eliane Brum em seu livro, “O olho da rua”. Em um trecho do livro ela fala que sua vida é escrever, fala do parto do texto e da importância das palavras em sua vida.
Questionei-me qual seria essa essência em minha vida. Imagino que seja a...

Pausa – neste momento eu ia escrever as artes; tanto as antigas, a grande arte, quanto as atuais, música, teatro e etc.. Mas meu telefone tocou. Alguém que desde muito tempo (cinco anos) não via, me chamando para almoçar no sábado; dizendo que mesmo com a distância nunca se esqueceu de mim.

Retomando, então, à minha essência, começo a imaginar que seja agregar pessoas, amigos, amores. Começo ainda a pensar que esta seria uma resposta aos grandes questionamentos e dores de minha vida...

Vislumbro numa pequena epifania que para mudar a vida e ser realmente feliz e pleno devemos cultivar melhor os relacionamentos que temos; Que devemos para de nos olhar tão no alto ou tão em baixo em relação aos outros e começa a nos olhar nos olhos.

Se os olhos são a porta da alma e somente Deus conhece Deus em sua figura simples e hieroglífica, nos conhecemos e nos reencontramos no olhar e reconhecimento do outro. Não um olhar de julgamento ou avaliação, mas de amor, sabendo que o outro é um igual e portanto, multifacetado, colorido e cheio de nuances como só as divindades podem ser.

Devemos embarcar nesta viagem voando rumo à noite escura da alma e ao outro, sem medo, preconceitos ou julgamentos, mas cheio de amor. Nessa viagem me vi e comecei a me apaixonar pelo o que vi. Espero o mesmo para quem estiver lendo este texto.

E saiba, é preciso voar!  



2 comentários:

  1. "Se aquilo que procura não se encontrar dentro de ti, jamais o encontrará fora. Pois saiba, eu estou contigo desde o início e sou aquilo que se alcança ao final da jornada!"

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